Atualmente, o mercado do
fitness tem ganhado grande espaço na mídia e no conhecimento de todos e com
isso sugiram (e ainda surgem a cada dia) novos métodos de treinamento. Mas dois
métodos entram em maior evidência quando o assunto é eficiência e prática, gerando,
inclusive, antipatia, por aqueles que aderentes de um em relação ao outro, e
bastante discussões.
Mas se olharmos bem e
analisarmos a fundo, encontramos muito mais semelhanças do que divergências,
podendo-se fazer um acréscimo ao afirmar que, basicamente, um pode contribuir
com a eficiência do outro.7
A musculação é o conjunto
de processos e meios que levam ao aumento e aperfeiçoamento da força muscular,
associada ou não a outra qualidade física. LAMBERT
(1987). Podendo gerar hipertrofia muscular e estabilidade corporal, além
de poder corrigir posturas e assimetrias corporais.
Já o Treinamento
Funcional explora em sua metodologia, movimentos e valências físicas naturais
do corpo humano, perfeitamente treináveis e que podem ser melhoradas como
mobilidade, agilidade, velocidade, potência muscular, condicionamento
cardiorrespiratório e até a própria força muscular.
Assim observa-se que
enquanto um tem um foco mais localizado com movimentos isolados e procura
trabalhar prioritariamente a força através do uso de cargas, o outro foca em
movimentos estabilizadores e integrados, utilizando-se de exercícios com o
próprio peso do corpo e auxílio de equipamentos como, também, cargas externas.
Se formos analisar a
essência de cada método observamos que apesar de tudo, eles possuem mais
semelhanças do que parece, apenas algumas nomenclaturas se divergem. Por
exemplo: exercícios conhecidos na musculação como o supino, o agachamento ou a
puxada, respectivamente são definidos no TF por padrão de movimento como
“empurrar na horizontal”, “exercícios de dominância de joelhos”, e “puxar na
vertical”. Portanto muitos exercícios são comuns nos dois métodos, assim como
outros de estabilização do core, que
se assemelham a exercícios do Pilates, ou exercícios integrados, comuns,
também, no crossfit...enfim, pode-se concluir que pouca coisa se difere entre
métodos de treino, apensa seus nomes e suas aplicações.
Ah, Jefferson, mas o TF
não gera hipertrofia?!?!
Estudos sobre TRP (Treinamento
Resistido com Pesos), ou musculação há tempos já comprovam sua eficiência
lógica nos ganhos de força e hipertrofia muscular, além de funcionalidade a
seus praticantes, o que gera os primeiros argumentos sobre suas vantagens sobre
o TF. Porém estudos atuais revelam a eficiência do TF sobre a composição
corporal com aumento de massa magra e diminuição de gordura corporal, além de
melhorias nas capacidades funcionais,
mobilidade, equilíbrio muscular corporal, agilidade, equilíbrio e qualidade de vida
em indivíduos, destreinados, idosos, crianças, mulheres e, pasmem, atletas.
Mas vamos a exemplos de
analogias práticas: imaginem atletas profissionais como Ronnie Colleman
(fisiculturismo), Usein Bolt (atletismo), Arthur Zanetti (ginástica) e José
Aldo (MMA). Concordamos que todos eles são hipertrofiados de acordo com aquilo
que eles necessitam em seus respectivos esportes. Correto? Mas qual (is) deles
você acha que treina fazendo apenas supinos, agachamentos, pulley e roscas? Se
formos analisar a composição corporal deles, observamos que existem suas
diferenças, mas também há a questão da predominância de treinos, enquanto um
treina com exercícios isolados para “moldar” sua musculatura corporal para ser
avaliado em poses, outro precisa apresentar potência e velocidade para correr o
mais rápido possível, outro possui uma especificidade ligada a mobilidade
isometrias prolongadas, já o último precisa de potência para os golpes,
agilidade de mobilidade para esquivas e condicionamento cardiorrespiratório
para durar 5 rounds...
Então observando os
treinos de todos os atletas, com exceção do mr. Olympia, todos treinam de
acordo com suas especificidades esportivas através de Treinamentos Funcionais e
Integrados, buscando, melhorias para sua performance esportiva. Então, talvez,
se alguém quer subir em um palco para posar e ser avaliado por seu tônus e
simetria, então pode-se esquecer outras valências físicas e focar apenas na
musculação clássica, mas para um “atleta da vida real”, talvez, em grande
maioria, esse não seja o foco principal, pensando em benefícios de
condicionamento no geral.
Importante frisar que
qualquer que seja o método a ser escolhido para seguir uma vida ativa, este
deve ser bem orientado por profissional capacitado para que não se gere
prejuízos.
Nada impede, de forma
alguma que se possa integrar ambos meios para diferentes fins. Exemplo: pode-se
trabalhar exercícios de estabilidade da coluna, fortalecimento da região lombo-pélvica-quadril
do TF para aprimorar e dar segurança no exercício de força de agachamento, ou
se aprimorar movimentos básicos e isolados para prevenção de lesão e ainda
poder inserir movimentos integrados. Então não se pode, definitivamente,
separar e segregar um método do outro, seja a musculação clássica e o TF como
também, as ginasticas, o Pilates, crossfit ou outros.
Mas qual o Melhor
Treino???
Aí o que se pode afirmar
apenas é que é aquele que te oferece mais prazer e conforto em praticar e se
tornar um hábito. Nenhum programa de exercícios pode se tornar a pior parte do
dia, algo chato, obrigação...deve ser lúdico, eficiente e te tornar alguém mais
alegre, então sugiro que sempre que estiver se sentindo enfadado e sem vontade
de sair de casa para treinar...MUDA! Ficou chato de novo MUDA! Mas não gostou,
MUDA! O Melhor treino, e método, segundo Meu amigo, Professor, Rodrigo Assi, se
chama MUDA.
Mas lembre-se que a Boa
Orientação Faz a Diferença, então, além de procurar um Profissional de Educação
Física capacitado, procure, também, se informar sobre suas capacitações e qual a
metodologia que ele se utiliza em suas prescrições. Aquele que se especializa
em algo, geralmente pode ser um dos melhores naquilo.
#JeffersonPersonal
#TreinoConsciente
#ciênciaeexercício
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