sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

TREINAMENTO FUNCIONAL X MUSCULAÇÃO CLÁSSICA



Atualmente, o mercado do fitness tem ganhado grande espaço na mídia e no conhecimento de todos e com isso sugiram (e ainda surgem a cada dia) novos métodos de treinamento. Mas dois métodos entram em maior evidência quando o assunto é eficiência e prática, gerando, inclusive, antipatia, por aqueles que aderentes de um em relação ao outro, e bastante discussões.
Mas se olharmos bem e analisarmos a fundo, encontramos muito mais semelhanças do que divergências, podendo-se fazer um acréscimo ao afirmar que, basicamente, um pode contribuir com a eficiência do outro.7
A musculação é o conjunto de processos e meios que levam ao aumento e aperfeiçoamento da força muscular, associada ou não a outra qualidade física. LAMBERT (1987). Podendo gerar hipertrofia muscular e estabilidade corporal, além de poder corrigir posturas e assimetrias corporais.
Já o Treinamento Funcional explora em sua metodologia, movimentos e valências físicas naturais do corpo humano, perfeitamente treináveis e que podem ser melhoradas como mobilidade, agilidade, velocidade, potência muscular, condicionamento cardiorrespiratório e até a própria força muscular.
Assim observa-se que enquanto um tem um foco mais localizado com movimentos isolados e procura trabalhar prioritariamente a força através do uso de cargas, o outro foca em movimentos estabilizadores e integrados, utilizando-se de exercícios com o próprio peso do corpo e auxílio de equipamentos como, também, cargas externas.
Se formos analisar a essência de cada método observamos que apesar de tudo, eles possuem mais semelhanças do que parece, apenas algumas nomenclaturas se divergem. Por exemplo: exercícios conhecidos na musculação como o supino, o agachamento ou a puxada, respectivamente são definidos no TF por padrão de movimento como “empurrar na horizontal”, “exercícios de dominância de joelhos”, e “puxar na vertical”. Portanto muitos exercícios são comuns nos dois métodos, assim como outros de estabilização do core, que se assemelham a exercícios do Pilates, ou exercícios integrados, comuns, também, no crossfit...enfim, pode-se concluir que pouca coisa se difere entre métodos de treino, apensa seus nomes e suas aplicações.
Ah, Jefferson, mas o TF não gera hipertrofia?!?!
Estudos sobre TRP (Treinamento Resistido com Pesos), ou musculação há tempos já comprovam sua eficiência lógica nos ganhos de força e hipertrofia muscular, além de funcionalidade a seus praticantes, o que gera os primeiros argumentos sobre suas vantagens sobre o TF. Porém estudos atuais revelam a eficiência do TF sobre a composição corporal com aumento de massa magra e diminuição de gordura corporal, além de melhorias nas  capacidades funcionais, mobilidade, equilíbrio muscular corporal, agilidade, equilíbrio e qualidade de vida em indivíduos, destreinados, idosos, crianças, mulheres e, pasmem, atletas.
Mas vamos a exemplos de analogias práticas: imaginem atletas profissionais como Ronnie Colleman (fisiculturismo), Usein Bolt (atletismo), Arthur Zanetti (ginástica) e José Aldo (MMA). Concordamos que todos eles são hipertrofiados de acordo com aquilo que eles necessitam em seus respectivos esportes. Correto? Mas qual (is) deles você acha que treina fazendo apenas supinos, agachamentos, pulley e roscas? Se formos analisar a composição corporal deles, observamos que existem suas diferenças, mas também há a questão da predominância de treinos, enquanto um treina com exercícios isolados para “moldar” sua musculatura corporal para ser avaliado em poses, outro precisa apresentar potência e velocidade para correr o mais rápido possível, outro possui uma especificidade ligada a mobilidade isometrias prolongadas, já o último precisa de potência para os golpes, agilidade de mobilidade para esquivas e condicionamento cardiorrespiratório para durar 5 rounds...
Então observando os treinos de todos os atletas, com exceção do mr. Olympia, todos treinam de acordo com suas especificidades esportivas através de Treinamentos Funcionais e Integrados, buscando, melhorias para sua performance esportiva. Então, talvez, se alguém quer subir em um palco para posar e ser avaliado por seu tônus e simetria, então pode-se esquecer outras valências físicas e focar apenas na musculação clássica, mas para um “atleta da vida real”, talvez, em grande maioria, esse não seja o foco principal, pensando em benefícios de condicionamento no geral.
Importante frisar que qualquer que seja o método a ser escolhido para seguir uma vida ativa, este deve ser bem orientado por profissional capacitado para que não se gere prejuízos.
Nada impede, de forma alguma que se possa integrar ambos meios para diferentes fins. Exemplo: pode-se trabalhar exercícios de estabilidade da coluna, fortalecimento da região lombo-pélvica-quadril do TF para aprimorar e dar segurança no exercício de força de agachamento, ou se aprimorar movimentos básicos e isolados para prevenção de lesão e ainda poder inserir movimentos integrados. Então não se pode, definitivamente, separar e segregar um método do outro, seja a musculação clássica e o TF como também, as ginasticas, o Pilates, crossfit ou outros.
Mas qual o Melhor Treino???
Aí o que se pode afirmar apenas é que é aquele que te oferece mais prazer e conforto em praticar e se tornar um hábito. Nenhum programa de exercícios pode se tornar a pior parte do dia, algo chato, obrigação...deve ser lúdico, eficiente e te tornar alguém mais alegre, então sugiro que sempre que estiver se sentindo enfadado e sem vontade de sair de casa para treinar...MUDA! Ficou chato de novo MUDA! Mas não gostou, MUDA! O Melhor treino, e método, segundo Meu amigo, Professor, Rodrigo Assi, se chama MUDA.
Mas lembre-se que a Boa Orientação Faz a Diferença, então, além de procurar um Profissional de Educação Física capacitado, procure, também, se informar sobre suas capacitações e qual a metodologia que ele se utiliza em suas prescrições. Aquele que se especializa em algo, geralmente pode ser um dos melhores naquilo.

#JeffersonPersonal #TreinoConsciente
#ciênciaeexercício 

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